Google, Apple, Facebook e Amazon acusadas de abusar da sua posição no mercado

A acusação chega por parte do Congresso dos Estados Unidos da América, que refere que as grandes empresas tecnológicas Google, Apple, Facebook e Amazon abusaram da sua posição favorável e dominante no mercado para suprimir e destruir outras empresas concorrentes: cobraram taxas exorbitantes e forçaram pequenas empresas a aceitar contratos "opressivos"; tudo por causa do lucro.

Estas acusações aparecem num relatório com mais de 450 páginas onde são descritas dezenas de situações em que as gigantes tecnológicas abusaram do seu poder para manterem o domínio no mercado online. Um dos casos apontados diz respeito à Google, que alegadamente usou o seu motor de busca de produtos de modo a perceber que browsers são mais populares, utilizando essas informações a favor dos seus próprios serviços (mais concretamente o Chrome).

Também a aquisição do Instagram e WhatsApp, por exemplo, por parte do Facebook, é vista, à luz deste relatório, como uma estratégia egoísta já que a empresa está, literalmente, a competir com serviços que lhe pertencem em vez de competir com outras empresas, solidificando o seu poder com estas estratégias.

Este relatório sugere, pois, mudanças na lei alegando que “estas empresas têm demasiado poder, e esse poder deve ser travado e sujeito a uma revisão e legislação apropriada”. Acrescenta ainda que ao abrigo das leis e da situação atual, a economia e a democracia dos EUA estão em risco.

A Amazon, Apple, Google e Facebook têm um valor de mercado estimado em mais de cinco biliões de dólares.

O Facebook, a Google e a Amazon responderam de forma similar, não concordando com o relatório e assumindo que, concorreram e competem de forma justa num mercado muito difícil. A Apple, por sua vez, diz discordar fortemente deste relatório considerando que não possui uma parte dominante do mercado em nenhuma das suas vertentes de negócio. Acrescenta ainda que "a competição gera inovação, e esta sempre nos definiu".

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