Zoom: Infraestrutura na Cloud será fornecida pela Oracle
Desde que a pandemia da COVID-19 nos obrigou-nos a ficar dentro de casa, algumas empresas cresceram de forma exponencial. E uma delas é o Zoom, plataforma de videoconferências, cujo uso aumentou respeitáveis 1.900%, passando de 10 milhões para 300 milhões de utilizadores ativos em apenas cinco meses.
Para suportar este aumento espontâneo de utilizadores, a empresa também precisa melhorar a sua infraestrutura. E a Oracle foi uma das escolhidas para encarar o desafio.
O Zoom anunciou nesta terça-feira que selecionou a Oracle Cloud Infrastructure para fornecer serviços de infraestrutura de nuvem. Com isso, a empresa deixou para trás as líderes nesse setor, como a Amazon Web Services (AWS), Azure (Microsoft) e Google Cloud Platform.
Em comunicado à imprensa, Eric Yuan, CEO do Zoom, afirmou: “Recentemente, experimentamos o crescimento mais significativo que nossos negócios já viram, exigindo aumentos maciços em nossa capacidade de serviço. Exploramos várias plataformas e o Oracle Cloud Infrastructure foi fundamental para nos ajudar a dimensionar rapidamente nossa capacidade e atender às necessidades de nossos novos usuários. Escolhemos o Oracle Cloud Infrastructure por sua segurança líder no setor, desempenho excelente e nível de suporte incomparável”.
Também via comunicado, a Oracle afirmou que o Zoom escolheu o seu serviço pelas “vantagens em desempenho, escalabilidade, confiabilidade e segurança superior na nuvem”. Os termos do acordo não foram divulgados, mas não deixa de ser uma surpresa a escolha da empresa fundada por Larry Ellison, Bob Miner e Ed Oates em 1977. De acordo consultoria Canalys , a Amazon Web Services, atualmente, lidera o amplo e lucrativo mercado de serviços na nuvem, com um marketshare de 32,4% (final de 2019), seguida pela Microsoft (17,6%) e Google (6%).
Investimento em segurança
O crescimento espantoso do Zoom também trouxe ao de cima os problemas de segurança que a plataforma apresentava. Nos últimos meses, a empresa viu a sua solução sofrer acusações de uso indevido de dados dos utilizadores e acesso fácil aos IDs das reuniões feitas em videoconferência, que terminavam em invasões, especialmente nas aulas online.
Logo, no começo de abril, foi anunciado que, nos próximos 90 dias, o foco do Zoom estaria completamente sobre a solução de falhas de segurança, brechas que podem permitir o mau uso da plataforma e a divulgação de relatórios de transparência sobre tais questões. Com isso, o desenvolvimento de novos recursos fica interrompido temporariamente, com as atualizações focadas apenas na segurança da aplicação.
O plano foi divulgado por Eric Yuan, CEO do Zoom. Em publicação oficial, Eric pediu desculpas à comunidade pelos problemas que foram encontrados ao longo das últimas semanas e afirma saber que a empresa ficou aquém das expectativas. Ele ainda diz que mesmo antes do anúncio das mudanças, a sua equipa já trabalhava em otimizações para lidar com o novo fluxo de utilizadores e com as diferentesutilizações que seriam dadas ao Zoom, principalmente no que toca a segurança e a privacidade das informações.
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