Xiaomi Mi Mix 3: conhece o novo terminal de uma ponta à outra

Os ecrãs com bordas reduzidas tiveram o seu auge no início deste ano, e a corrida para a eliminação das suas margens tem sido bastante exaustiva. A Xiaomi foi uma das pioneiras neste campo, quando lançou a gama Mix. Um bom tempo depois, lança aquele que é o atual flagship desta linha. Será que vale a pena só pelo ecrã?

No dia 25 de outubro, a famosa marca chinesa deu a conhecer o Xiaomi Mi Mix 3, que conta com 93,4% de ecrã. A restante percentagem corresponde à área ocupada pelas margens.

Uma das novidades no novo modelo, passa pela possibilidade de fazer as câmaras surgir ao efetuar um movimento deslizante, que é possível graças ao seu slider. Engane-se quem pensa que este funciona a motores. Provavelmente, a Xiaomi optou por torná-lo manual uma vez que poderia dar mais problemas caso não o fosse.

Em síntese: sempre que tiveres a necessidade de usar a câmara frontal, basta fazeres um slide e elas estarão prontas a ser utilizadas.

O design apresenta-se bastante elegante seguindo as linhas da linha Mix, no entanto, o leitor biométrico encontra-se na parte traseira, quando existia a esperança de que o mesmo constasse no ecrã.

Especificações

Quanto às especificações em geral, confesso que fiquei surpreendido, um pouco pela parte negativa. Não me interpretes mal. Com isto não quero dizer que é um terminal lento ou fraco, porque não é verdade. No entanto, talvez seja uma repetição e ao mesmo tempo um exagero. 

O Mix 3 conta com um ecrã SuperAMOLED de 6.39 polegadas de diagonal Full-HD+. Falamos de 1080 x 2340 pixéis com 403 pixéis por polegada.

É dotado de um Snapdragon 845 (é neste ponto que eu acho que o Mi Mix 3 deveria ser lançado mais tarde, por se tornar repetitivo) aliado a 6GB, 8GB ou 10GB (exagero). Quanto ao armazenamento, existem duas opções: 128GB e 256GB. 

O Mi Mix 3 vem com a MIUI 10 + Android 9.0 Pie.

A sua bateria é de 3.200mAh com suporte a carregamento rápido QuickCharge 4+ (cabo USB tipo-C) e carregamento sem fios a 10W. Conta ainda com Wi-Fi 802.11 a/b/g/n/ac, Bluetooth 5.0, GPS e NFC.  A entrada para jack 3.5mm ainda se mantém (yupiii!!).

5G?

Sim e não. A Xiaomi lançará uma versão compatível com 5G apenas no ínicio de 2019, sendo que esta "funcionalidade" não estará presente nesta edição em concreto.

Tal como aconteceu este ano, a Xiaomi tem apostado bastante nas câmaras dos seus smartphones, sendo que até os de gama média, como o Redmi Note 5, conseguem resultados surpreendentes, coisa que não acontecia há algum tempo atrás.

O Mi Mix 3 não é exceção, e como um topo de gama, promete alcançar excelentes resultados. A câmara principal é composta por dois sensores de 12MP, sendo que o principal conta com tecnologia dual-pixel autofocus e o secundário é dotado de zoom ótico de 2x. É importante ressaltar que a Inteligência Artificial está presente.

A câmara frontal é também composta por dois sensores. Conta com um sensor principal de 24MP e outro de 2MP, que servirá de auxiliar no recorte para o desfoque.

Podemos afirmar que, no setor fotográfico, o Mi Mix 3 está ao seu nível e que não vai desiludir. Mesmo em fotos noturnas, os resultados vão ser bastante bons, segundo a própria marca.

Preços e conclusão

• Versão base (6/128) - 3.299 Yuan, ~416€.
• Versão 8/128 - 3.599 Yuan, ~453€.
• Versão 8/256 - 3.999 Yuan, ~503€.
• Versão Forbidden City (10/256) - 4.999 Yuan, ~630€.

O Xiaomi Mi Mix 3 é sem dúvida um excelente flagship, no entanto, talvez não tenha sido revelado na altura certa. Seria "mais bem jogado" se o mesmo fosse lançado no próximo ano, com o novo Qualcomm Snapdragon 855.

O facto de o leitor de impressões digitais não se encontrar por baixo do ecrã desiludiu-me bastante, uma vez que deveria atender às atuais tendências. Provavelmente, veremos todos estes sacrifícios a serem corrigidos no Mi Mix 3S.

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